O Dia Internacional de Atenção à Gagueira, celebrado em 22 de outubro, é uma data importante para
desmistificar essa condição e promover a inclusão das pessoas que convivem com ela.

A gagueira afeta a fluência da fala e, embora seja relativamente comum, ainda é envolta em muitos mitos e preconceitos.

Por isso, entender melhor o que é gagueira e o que não é, pode transformar a maneira como acolhemos e nos relacionamos com quem gagueja.

Neste artigo, vamos discutir alguns dos principais mitos e verdades sobre a gagueira, oferecendo
informações claras e baseadas em evidências científicas.

Mito 1: A gagueira é causada por nervosismo ou timidez.

A Verdade: Este é um dos mitos mais comuns sobre a gagueira.

Muitas pessoas acreditam que a gagueira é uma consequência do nervosismo, da ansiedade ou da timidez, mas isso não é verdade.

Embora o estresse possa agravar a gagueira em algumas situações, ela é um distúrbio neurológico de
fluência, causado por uma combinação de fatores genéticos e neurofisiológicos.

Pessoas que gaguejam podem ser tão extrovertidas e confiantes quanto qualquer outra.

Mito 2: Quem gagueja pode parar se se esforçar mais.

A Verdade: A gagueira não é algo que a pessoa pode simplesmente “parar” com força de vontade.
Ela não é controlável apenas com maior concentração ou esforço.

Muitas pessoas que gaguejam experimentam momentos de fluência, mas a gagueira é um distúrbio que
varia em diferentes contextos e situações.

O tratamento fonoaudiológico, com técnicas adequadas, pode ajudar a pessoa a gerenciar a gagueira,
promovendo maior controle da fala e confiança.

Mito 3: A gagueira desaparece com a idade.

A Verdade: A gagueira pode melhorar com o tempo, especialmente durante a infância, quando é comum que algumas crianças passem por fases de disfluência.

No entanto, em muitos casos, a gagueira persiste na adolescência e na vida adulta.

A intervenção precoce com um fonoaudiólogo pode ser fundamental para ajudar a pessoa a desenvolver
estratégias eficazes para lidar com a gagueira ao longo da vida.

Mito 4: Quem gagueja é menos inteligente.

A Verdade: A gagueira não tem nenhuma relação com a inteligência.

Pessoas que gaguejam têm a mesma capacidade cognitiva e intelectual que qualquer outra pessoa.

Infelizmente, esse mito é um dos mais prejudiciais, pois pode levar ao preconceito e ao subaproveitamento de habilidades e talentos.

A gagueira afeta apenas a fluência da fala, não o pensamento ou a capacidade de aprender.

Mito 5: Corrigir ou completar as palavras de quem gagueja ajuda.

A Verdade: Interromper ou completar a fala de alguém que gagueja geralmente faz mais mal do que bem.

Embora a intenção seja ajudar, essa atitude pode aumentar a frustração e a ansiedade da pessoa.

O ideal é ser paciente, permitir que ela se expresse no seu próprio ritmo e manter o contato visual,
demonstrando respeito e empatia.

Mito 6: Gagueira é sempre igual.

A Verdade: A gagueira varia de pessoa para pessoa e até mesmo de situação para situação.

Algumas pessoas podem gaguejar mais em momentos de estresse ou quando estão cansadas, enquanto
outras têm maior fluência em situações específicas.

Além disso, há diferentes tipos de gagueira, cada uma com suas próprias características.

O tratamento fonoaudiológico é individualizado, levando em conta essas variações.

O Papel do Fonoaudiólogo no Tratamento da Gagueira

A fonoaudiologia tem um papel central no tratamento da gagueira, auxiliando tanto crianças quanto
adultos a desenvolverem estratégias que melhoram a fluência da fala e aumentam a confiança na
comunicação.

O tratamento pode incluir técnicas para controlar o ritmo da fala, exercícios de respiração e estratégias para lidar com situações de alta pressão.

Além disso, o fonoaudiólogo também trabalha na promoção de um ambiente comunicativo mais
acolhedor, ajudando familiares, professores e colegas a entenderem melhor a gagueira e a adotarem
atitudes mais inclusivas e empáticas.

Conclusão: A Gagueira Não Define Quem Você É

No Dia Internacional de Atenção à Gagueira, é fundamental lembrar que a gagueira é apenas uma
característica da fala e não define a capacidade, inteligência ou valor de uma pessoa.

Desmistificar a gagueira é o primeiro passo para promover a inclusão e o respeito às diferenças na
comunicação.

Se você ou alguém que conhece enfrenta desafios com a gagueira, lembre-se: o acompanhamento
fonoaudiológico pode ajudar a transformar essa experiência, trazendo mais leveza e segurança na
comunicação.

Vamos juntos desmistificar e acolher com empatia!

Tem dúvidas sobre a gagueira ou quer saber mais sobre o tratamento fonoaudiológico? Entre em contato e agende uma consulta!

Aqui podemos encontrar o melhor caminho para uma comunicação mais confiante.